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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Casos de dengue caem no país, mas é cedo para comemorar, diz governo

Em relação a janeiro do ano passado, queda nos casos foi de 60%.
Secretário alerta para novo ciclo da doença que pode atingir Norte do país.

Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo
Apesar da queda de 60% dos casos de dengue no país em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo ano de 2009, o Ministério da Saúde diz que "ainda é cedo para comemorar".
"Estamos em um momento de alerta, pois é começo do verão e época de se intensificar a prevenção. 2010 acaba de começar, não queremos comemorar e correr o risco de baixar a guarda", disse em entrevista ao G1 o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa.
"Vamos manter o trabalho de alerta e mobilização até o final do verão, em maio, período em que ocorrem cerca de 75% dos casos no ano. As mortes podem ocorrer devido à complicação da doença", acrescenta o secretário. "Se perdermos o foco, com o calor, pode surgir uma epidemia."
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, dentre os 16 estados com risco "muito alto" de sofrer uma epidemia de dengue no verão deste ano, 13 estão nas regiões Norte e Nordeste.
Preocupação no Norte
De acordo com Barbosa, o governo está acompanhando atentamente o desenvolvimento da disseminação do mosquito da dengue em comunidades indígenas afastadas da Amazônia, como Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira. Ao estado, o Ministério da Saúde já repassou R$ 3,7 milhões para investir em prevenção neste ano.
Dentre os 16 estados considerados com risco "muito alto" de epidemia são Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Outros cinco estados foram classificados como de risco "alto" de epidemia (Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Amapá e Roraima). Entre os de risco "moderado", além do Distrito Federal, estão Rondônia, São Paulo, Paraná. Os de "baixo" risco, segundo o ministério, são Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Ministério da Saúde também identificou 70 municípios com risco alto de surto da doença. Entre esses municípios, estão todas as capitais de estados, exceto Porto Alegre (RS), São Paulo (SP) e Florianópolis (SC). Esses locais terão monitoramento semanal.
"O mosquito [Aedes aegypti] está presente em mais de 4 mil municípios. Vários deles têm índice de infestação compatível com ocorrência de surto”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Vasconcelos.

Fonte : Globo.com

Ribeirão Preto entra em guerra contra a dengue para evitar nova epidemia

Município foi o que mais teve casos da doença em SP em 2010: 29.949.
Em todo o estado de SP, 187.707 pessoas pegaram dengue em 2010.

Paulo Toledo Piza Do G1 SP, em Ribeirão Preto
Larvas do mosquito da dengue em Ribeirão Preto (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Larvas do mosquito da dengue em Ribeirão Preto (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
A cidade de Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, está em guerra contra a dengue. O município registrou em janeiro deste ano 614 casos da doença, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Há também o registro de uma morte suspeita. O temor das autoridades é que, assim como em 2010, haja uma epidemia.
No ano passado, em todo o estado de São Paulo houve 187.707 casos de dengue, 138 deles com mortes, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. Em 2010, Ribeirão foi a cidade paulista com o maior número de doentes – 29.949. Nove desses pacientes morreram.
Apesar da quantidade de casos registrados no primeiro mês deste ano, o número é consideravelmente menor do que o registrado em igual período em 2010, quando 1.604 pessoas pegaram dengue (veja tabela abaixo com números de outras cidades).
CidadeCasos em 2010 (total)Casos em janeiro de 2010Casos em janeiro de 2011
São Paulo7.48917961
Ribeirão Preto29.9491.604614
S. José do Rio Preto25.021não divulgado8
S. José dos Campos51011
Guarujá9.386não divulgadonenhum
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde do município, Maria Luiza Santa Maria, o combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, foi intensificado nos últimos meses. “Os agentes em saúde vão quinzenalmente a 578 pontos estratégicos espalhados na cidade, como borracharias e casas abandonadas.”
Nas visitas, os funcionários aplicam larvicida em ralos e calhas e retiram possíveis criadouros, como pneus, pratos de vasos e garrafas. Os moradores também recebem orientações sobre como evitar o surgimento de novos focos da dengue. Em regiões onde houve casos positivos da doença, os agentes aplicam praguicidas nas casas.
Ainda segundo a diretora, a integração entre as secretarias – principalmente com a de Assuntos Jurídicos – é outro fator que merece destaque na guerra contra o mosquito transmissor. Funcionários da Coordenadoria de Limpeza Urbana, por exemplo, intensificam a limpeza de bueiros e retirada de entulho espalhado pela cidade.
A pasta jurídica teve papel fundamental no último ano. “Entramos com ações em casas abandonadas e terrenos em que não nos deixaram entrar”, afirmou Maria Luiza. As multas chegam a R$ 5 mil.
Apesar de todo esse trabalho, a expectativa da secretaria é que os casos da doença aumentem nos próximos meses. Historicamente, a maior parte dos registros ocorrem em abril –nesse período no ano passado, 9.143 pessoas ficaram doentes em Ribeirão.
Medo
O aposentado Sebastião Manuel de Paulo teme a dengue (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
O aposentado Sebastião Manuel de Paulo teme a
dengue (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Apesar do trabalho da prefeitura, os moradores de Ribeirão temem a dengue. “Tenho medo de morrer. Por isso, não deixo água parada no meu quintal. Mas sempre tem perigo do mosquito aparecer”, afirmou o aposentado Joviano Francisco dos Santos, de 75 anos.
A cabeleireira Adriana Mora Penteado, de 37 anos, trabalha em um salão no bairro Castelo Branco, o mais afetado pela dengue neste ano. Até o dia 9 de fevereiro, 235 pessoas pegaram dengue na região. Para evitar que o mosquito apareça, ela toma diversas providências, como guardar latas e garrafas em sacolas fechadas e permitir que os agentes da Secretaria da Saúde façam vistorias no imóvel. “O problema é que tem muito terreno abandonado. De que adianta eu ter todo esse trabalho perto daqui os mosquitos têm lugar livre para viver?”
Também preocupado, o aposentado Sebastião Manuel de Paulo, de 54 anos, afirmou que faz tudo certo. “Não deixo vasilha de boca para cima. Tenho algumas garrafas para cima, mas vou retirar logo. Espero que não pegue dengue. Tenho medo.”
Dicas
Especialistas ouvidos pelo G1 deram algumas dicas de como prevenir, de forma fácil e rápida, o surgimento do Aedes aegypti. Pneus devem ser mantidos protegidos da água da chuva; caso isso não seja possível, a orientação do Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão é que seja colocado um copo de sal (cerca de 200 ml) dentro de cada câmara.
Bebedouros de animais devem ser lavados semanalmente com esponja, sabão e água. “As ovas podem ficar escondidas no recipiente”, disse a agente de controle de vetores Elaine Polin. Pratos para plantas devem ser furados para escoar a água. Garrafas não podem ficar com o bocal para cima.
Criadouros naturais merecem cuidado especial. “O pessoal às vezes dá mais atenção a pratos e garrafas”, afirmou a também agente de controle de vetores Cristina Fantinati. Plantas que acumulam água, como bromélias e bananeiras, precisam receber jatos de água semanais para retirar possíveis ovas. Troncos ocos de árvores devem ter seu interior preenchido com areia ou cimento.
O combate ao Aedes aegypti no município depende da colaboração dos moradores, segundo a diretora Maria Luiza. “Aqui, 80% dos vetores estão nas casas. Não basta a ação do Estado. É preciso que a população colabore.”
Terrenos com entulho são potenciais criadouros de mosquitos da dengue (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Terrenos com entulho espalhados pela cidade são potenciais criadouros de mosquitos da dengue (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Fonte Globo.com 14/02/2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Campinas confirma primeira
morte por leptospirose em 2011

Cidade do interior de SP já notificou 38 casos suspeitos este ano.
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta sexta-feira (28) o primeiro caso de leptospirose este ano. Trata-se de um homem de 37 anos, residente na região norte da cidade, que morreu no dia 18 de janeiro com sintomas da doença em um hospital do município.
De acordo com a pasta, o homem tinha freqüentado locais com presença de roedores e se exposto à água de enchente. As duas situações aumentam ainda mais o risco de contrair a doença.
Até agora, Campinas já notificou 38 casos suspeitos de leptospirose em 2011, sendo que oito foram descartados e 29 aguardam resultados de exames laboratoriais.
A leptospirose é causada por uma bactéria e transmitida pela urina dos ratos. A chance de infecção é maior após as enchentes por causa do contato das pessoas com a lama e a água suja.
A leptospirose é uma doença causada pela bactéria leptospira, presente na urina dos roedores. Em situações de enchentes e inundações, a urina dos animais, que vivem em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama.
Segundo o médico infectologista Rodrigo Angerami, da Vigilância em Saúde de Campinas, a população precisa ficar mais atenta.
- Tendo em vista as freqüentes chuvas e inundações, a Vigilância em Saúde reforça a necessidade de que maior atenção seja dispensada frente ao risco da doença. Embora a leptospirose possa estar associada à atividade ocupacional e ocorra durante todo o ano, nesse período o risco é aumentado devido à maior exposição a águas contaminadas com a bactéria.
O infectologista afirma que os casos de maior gravidade vêm sendo monitorados diariamente pelas equipes técnicas da Secretaria Municipal de Saúde.
Saiba mais
Em 90% dos casos, a leptospirose evolui de forma benigna, como um quadro de gripe. Os sintomas mais comuns são febre, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular intensa, cansaço, calafrios, náuseas, vômitos e diarreia.
No entanto, em 10% dos casos a evolução é maligna. A doença começa da mesma forma, mas, em 48 horas, apresenta amarelamento da mucosa, diminuição do volume urinário e quadros de hemorragia, principalmente pulmonar, levando à deficiência respiratória. Também ocorrem alterações renais.
Além da leptospirose, outras doenças comuns após enchentes são diarreia, hepatite A e dengue.
O ideal é jogar fora medicamentos e alimentos (frutas, legumes, verduras, carnes etc.) que entraram em contato com as águas da enchente, mesmo que estejam embalados com plásticos ou fechados, pois, ainda assim, podem estar contaminados.
Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar. Procure beber sempre água potável, que não tenha tido contato algum com as enchentes. Para garantir que a água é segura para consumo, ferva-a por ao menos um minuto, ou adicione duas gotas de hipoclorito de sódio com concentração de 2,5% (água sanitária) para cada litro de água.
Se sua casa for atingida pela enchente, espere o recuo da água e providencie a limpeza e desinfecção dos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos. Use sempre luvas, botas de borrachas e outros tipos de proteção para as pernas e braços (como sacos plásticos duplos). Remova a lama que restou nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos da casa.
No caso dos utensílios domésticos (panelas, copos, pratos e objetos lisos e laváveis), lave-os normalmente com água e sabão. Depois, prepare uma solução desinfetante, diluindo um copo (200 ml) de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) em quatro copos de água (800 ml). Mergulhe na solução os objetos lavados, deixando-os ali por, pelo menos, uma hora.
No caso dos pisos, paredes, móveis e outros objetos, após retirar a lama, lave o local com água e sabão e, a seguir, prepare uma solução diluindo um copo (200 ml) de água sanitária para um balde de 20 litros de água. Molhe um pano na solução e passe nas superfícies, deixando secar naturalmente.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Governo oficializa notificação de mortes por dengue em 24 horas

Portaria determina que caso grave também seja avisado compulsoriamente.
Ministério da Saúde terá de ser informado sobre violência doméstica e sexual.

Do G1, em São Paulo
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala durante encontro com representantes de empresas de todo o país em busca de mobilização para a prevenção e combate à dengue O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou, na
semana passada, sobre mobilização de prevenção
e combate à dengue (Foto: Elza Fiuza/ABr)
Todos os órgãos de saúde dos estados e municípios terão de informar ao Ministério da Saúde, compulsoriamente e no prazo de 24 horas, as mortes e os casos graves da dengue. A decisão faz parte da Portaria 104, que havia sido anunciada na semana passada pelo ministro Alexandre Padilha e que foi publicada, nesta quarta-feira (26), no Diário Oficial da União (DOU).
O documento também trata da notificação obrigatória por todos os órgãos de saúde de casos de violência doméstica e sexual, e não somente pelas unidades sentinelas, como era feito antes. A Portaria trata de casos de suspeita ou confirmação de violência contra crianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas já está prevista na legislação.
No caso da dengue, a doença passa a fazer parte de um grupo de 19 enfermidades que precisam ser comunicadas ao Ministério da Saúde em 24 horas. Estas doenças fazem parte de um outro grupo maior, de 45 enfermidades, que já precisavam ser notificadas obrigatoriamente ao órgão Federal, com fluxos e periodicidades distintos, de acordo com a situação epidemiológica de cada uma.
Segundo a Portaria, os casos de dengue seguem o fluxo rotineiro de notificação semanal, mas os casos graves, os óbitos e os casos produzidos pelo sorotipo DENV-4 precisam um melhor acompanhamento, o que justifica a sua inclusão entre as doenças de notificação imediata.
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida vai possibilitar a identificação precoce de introdução de novo sorotipo e de alterações no comportamento epidemiológico da dengue, com a adoção imediata das medidas necessárias, por parte do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde. Dessa maneira, será possível identificar precocemente as alterações na letalidade provocada pela dengue, permitindo a investigação epidemiológica e a adoção de mudanças na rede assistencial para evitar novas mortes.
A notificação imediata pode ser feita por telefone, email ou diretamente na página eletrônica da Secretaria de Vigilância em Saúde (Anvisa), de acordo com instrumentos e fluxos usado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A regra vale, inclusive, para casos ocorridos em fins de semana e feriados.

Fonte Globo.com

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Governo orienta 16 Estados a atualizar
planos de emergência contra dengue

Documento mostra qual a estratégia em caso de muitas infecções pela doença
Agência Brasil
 
 
 

Agência Brasil
Alexandre Padilha, ministro da Saúde

O Ministério da Saúde orientou as secretarias de saúde dos 16 Estados com alto risco de enfrentar uma
epidemia de dengue a atualizar seus planos de emergência, que consistem na estratégia a ser adotada em caso de grande quantidade de infecção e mortes por causa da doença.
A orientação foi dada aos secretários estaduais durante reunião realizada nesta quarta-feira (19) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes da pasta. Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde, diz que, "se a gente não agir agora, pode ter todo o semestre comprometido"
Dos 16 Estados, 14 já têm plano de contingência, conforme levantamento do ministério. O Rio Grande do Norte e o Tocantins ainda não apresentaram o plano ao governo federal.

Os Estados também deverão notificar os casos suspeitos de dengue e mortes no prazo de 24 horas. Nos próximos dias, o ministério vai publicar uma portaria regulamentando a obrigatoriedade.
Cada Estado foi orientado a implantar um comitê para acompanhar a evolução da dengue e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Os 16 locais com alto risco de epidemia de dengue são: Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O ministério vai implantar um sistema online, que está em fase de teste, para monitorar semanalmente os casos da doença e, diariamente, as mortes por dengue nos 70 municípios em estado de atenção, informou Padilha. O sistema será abastecido com informações vindas dos Estados e municípios.
O Rio de Janeiro foi o único Estado a não participar da reunião. De acordo com o ministério, uma das funções do gabinete de emergência montado por conta das inundações na região serrana é adotar medidas contra a dengue.

Fonte> R7.com 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Roraima registra 12 casos de "novo" tipo de dengue

Vírus não circulava no Brasil havia 28 anos, mas voltou ao país em 2010


Roraima fechou o ano de 2010 com 12 casos confirmados de dengue tipo 4 - dos quais 11 foram na capital, Boa Vista. Outras 110 amostras estão sendo analisadas no Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA). O vírus tipo 4 não era registrado no país havia 28 anos. Também há notificação de casos no Amazonas.
Os tipos mais comuns de dengue no país são o 1, 2 e 3. O retorno da circulação do vírus tipo 4 serviu de alerta para as autoridades de saúde, pois boa parte da população brasileira, em especial crianças e jovens, não tem imunidade contra esse vírus.
A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima confirmou que não tem como evitar a proliferação da dengue tipo 4 para o restante do país. Segundo a coordenadora-geral de vigilância em saúde do Estado, Roberta Calandrini, era impossível a doença não se disseminar.
– Intensificamos o controle com eliminação de criadores e tratamento no foco da doença, mas Boa Vista é passagem de outros países. Da Venezuela tem voo saindo direto. O que o Ministério da Saúde propôs foi tentar retardar com isolamento viral.
Complicações da doença podem levar ao desenvolvimento de dengue hemorrágica. Os sintomas das quatro variações de dengue (tipos 1, 2, 3 ou 4) são os mesmos, como dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito. O tratamento também é o mesmo: repousar, hidratar-se bem e não tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, que, por ter efeito anticoagulante, pode provocar sangramentos.
Paralisação
Em Campo Grande (MS), a greve dos agentes de saúde completa nesta quarta-feira (12) uma semana e não há ainda possibilidade de acordo entre os trabalhadores do setor e o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). A cidade está sem controle da dengue, que continua crescendo, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde.
No litoral de São Paulo, a doença também avança. No Guarujá foram confirmados 9.511 casos no ano passado, com o registro de 27 mortes, número que levou a cidade a ser recordista da doença na Baixada Santista. O quadro obrigou o município a adotar atendimento em tendas improvisadas.

Fonte : R7.com

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Infestação de Ratos

Bairro de Campinas sofre
com infestação de ratos

Após início de obras de conjunto habitacional, moradores reclamam da presença dos roedores invadindo casas


Uma infestação de ratos incomoda os moradores do Residencial Cosmos, bairro na região do Campo Grande, em Campinas. De acordo com eles, desde que começaram as obras para a construção de um conjunto habitacional em uma área no local, os bichos aparecem quase que diariamente, em diversas residências. Na tentativa de evitar a invasão, os vizinhos vedam portas, tapam canos com grades e espalham veneno pelo quintal. Eles relatam ainda que as baratas também são um problema constante.

O motorista Irineu Rodrigues Júnior, de 38 anos, conta que a situação piorou há cerca de três semanas. “Nós sabemos que a culpa não é da construtora, que tem que mexer no terreno e tirar o mato para fazer a obra, e com isso elimina a moradia dos ratos, que sobem para as casas”, explica. “Mas a situação está insustentável. A Prefeitura disse que não tem o que fazer, que os moradores têm que se conscientizar e fazer sua parte.” Júnior relata que só anteontem pegou dois ratos no seu quintal. “Já tapei os canos que vêm da rua, mas eles roeram as grades e tive que reforçar”, conta. “Os danados dão um jeito, vêm pela casa dos vizinhos e sobem pelas calhas.”

O metalúrgico Mario Roberto, de 40 anos, comenta que na madrugada de ontem acordou com o cachorro latindo e deu de cara com mais um rato no quintal. “Se eu não tivesse fechado a porta ele teria entrado. Já comprei veneno e vedei todas as entradas”, revela. “Isso fora as baratas, que não conseguimos evitar, porque elas voam. Aqui não era assim até que a obra começou. O certo era dedetizar os bueiros, mas a Prefeitura ignora nossos pedidos e não vem.”

Os moradores afirmam que as bocas de lobos, que ficam nas esquinas das ruas, estão infestadas de baratas durante a noite, que caminham pelas vias e entram nas casas.

“Todo dia tem umas 15 em casa. Fora os ratos grandes, que meus cachorros pegam. Quase toda manhã tem um morto no quintal”, diz. “Colocamos veneno, mas é uma verdadeira praga. Um nojo.”

Prefeitura
A Secretaria de Saúde informa que notificou ontem mesmo a Vigilância em Saúde Noroeste, que é responsável pela região, para que seja realizada uma avaliação do bairro. Os técnicos devem ir ainda hoje, ou na segunda-feira, já que a infestação de ratos é considerada um problema sério. A medida de intervenção dependerá do diagnóstico e pode ser uma simples orientação aos moradores sobre a destinação correta de resíduos para evitar os bichos, ou uma ação mais radical, como a desratização.

Fonte: Uol